Variabilidade da chuva interna na várzea amazônica

Código

XXVI-SBRH1179

Autores

Luiz Felipe Pereira de Brito, EWERTHON CEZAR SCHIAVO BERNARDI, Tamna Gadelha da Silva, Ayan Santos Fleischmann, Pedro Luiz Borges Chaffe

Tema

STE98 - Recursos Hídricos na Amazônia: Conexões Entre Escalas e Setores

Resumo

A chuva interna tende a aumentar com a precipitação total do evento, refletindo o processo de interceptação e redistribuição da água da chuva pela vegetação. No entanto, diferenças nos valores medidos por calhas e pluviômetros artesanais indicam que a escolha do método de monitoramento influencia diretamente as estimativas de chuva interna e, portanto, de perda por interceptação. Este estudo analisou a variabilidade da chuva interna em uma parcela de floresta de várzea alta na Amazônia Central. Os resultados mostram que a variabilidade da chuva interna dos pluviômetros é maior que das calhas, revelando a influência de caminhos preferenciais na vegetação. Eventos com distribuição de chuva interna muito concentrada podem mascarar padrões espaciais mais sutis, comprometendo a representatividade espacial das estimativas. A presença de valores extremos, associados a caminhos preferenciais de escoamento, pode distorcer a média e comprometer a representatividade espacial das estimativas, afetando diretamente o cálculo da interceptação. Os resultados reforçam a necessidade de cautela no uso de pluviômetros para monitorar a chuva interna, especialmente quando os dados serão utilizados em análises de interpolação espacial. Destaca-se a importância de considerar a densidade, a distribuição e o tipo de equipamento utilizado no monitoramento, a fim de capturar a variabilidade da chuva interna em florestas.