ESTIMATIVA DA ÁREA SUPERFICIAL DA REDE DE DRENAGEM A PARTIR DA EXPANSÃO LATERAL E LONGITUDINAL DE RIOS

Código

XXVI-SBRH0871

Autores

EWERTHON CEZAR SCHIAVO BERNARDI, Luiz Felipe Pereira de Brito, Fernando Grison, Pedro Luiz Borges Chaffe

Tema

STE144 - Engenharia de Recursos Hídricos e Zonas Costeiras: Convergência e Resiliência

Resumo

A área superficial da rede de drenagem expande de acordo com as condições de umidade da bacia, influenciando o transporte de nutrientes, as trocas na zona hiporréica e até mesmo a determinação de áreas de preservação permanente. O aumento da área superficial ocorre devido a expansão longitudinal nas cabeceiras e ao aumento da largura de topo, mas a dinâmica da rede de drenagem em bacias de cabeceira pode ser diferente em virtude da morfologia dos canais e da presença de rios intermitentes. O objetivo do trabalho é analisar a influência da expansão lateral e longitudinal na área superficial dos rios em uma pequena bacia subtropical de cabeceira. A área de estudo é uma sub-bacia de encosta (0,16 km²) da Bacia Hidrográfica da Lagoa do Peri, em Florianópolis ? SC. Essa região é caracterizada pela presença de rios intermitentes e por variações no relevo, com matacão e detritos rochosos nos talvegues. Foram realizadas medições de largura de topo e comprimento de drenagem ativa em 214 seções transversais, em diferentes condições de umidade antecedente. Em relação a campanha mais seca, observou-se que na campanha mais úmida o comprimento da rede de drenagem aumentou 69%, enquanto a expansão lateral foi de 76%. A área superficial foi estimada com base nos dados de largura de topo e comprimento de drenagem e teve um aumento 125% entre a campanha mais úmida e mais seca. Esses resultados demonstram a importância do monitoramento detalhados em canais para entender a dinâmica da área superficial em bacias de cabeceira.