Data: 08/10/2024 à 11/10/2024
Local: Curitiba/PR
ISSN: 2764-9040
Mais informações: https://www.abrhidro.org.br/ivend/
Interceptação da chuva por vegetação de Restinga Arbórea e Floresta Ombrófila Densa
Código
IV-END0160
Autores
Luiz Felipe Pereira de Brito, João Henrique Macedo Sá, EWERTHON CEZAR SCHIAVO BERNARDI, Pedro Luiz Borges Chaffe
Tema
01 - Monitoramento aplicado a Desastres
Resumo
O processo de interceptação pode desempenhar um papel importante na ocorrência de desastres naturais em bacias de cabeceiras, como deslizamentos e quedas de blocos. Os estudos sobre o processo de interceptação em florestas nativas brasileiras têm se concentrado predominantemente na região Amazônica e na Mata Atlântica. No entanto, o processo de interceptação em áreas remanescentes de Restinga, presentes ao longo de toda a costa litoral do Brasil, ainda é pouco conhecido. Neste trabalho, analisou-se o processo de interceptação da chuva em duas parcelas na bacia hidrográfica da Lagoa do Peri, Florianópolis-SC: uma coberta por vegetação de Restinga Arbórea e outra por Floresta Ombrófila Densa. O monitoramento ocorreu de outubro de 2015 a dezembro de 2018 na Restinga Arbórea e de abril de 2017 a dezembro de 2018 na Ombrófila Densa, utilizando pluviógrafos, pluviômetros e anéis de retenção nos troncos. Os resultados mostraram que as perdas por interceptação em ambas as vegetações são semelhantes, em torno de 30% da precipitação total, sem diferença significativa. Porém, os volumes de escoamento pelo tronco podem ser significativos, uma vez que as copas canalizam a água para infiltrar preferencialmente ao redor da base do tronco, potencializando a recarga do solo nessa região. Portanto, é necessário considerar a heterogeneidade do escoamento pelo tronco, pois esses resultados podem ter implicações em modelos de estimativa de escoamento superficial e deflagração de desastres naturais.