Data: 08/10/2024 à 11/10/2024
Local: Curitiba/PR
ISSN: 2764-9040
Mais informações: https://www.abrhidro.org.br/ivend/
IMPACTO DA INCERTEZA E NÃO ESTACIONARIEDADE NA ANÁLISE DE FREQUÊNCIA DE CHUVAS EXTREMAS NO SUL DO BRASIL
Código
IV-END0079
Autores
Gabriel Anzolin, Pedro Luiz Borges Chaffe
Tema
11 - Eventos e sistemas meteorológicos extremos
Resumo
A detecção de tendências em eventos extremos de precipitação levou ao usou e desenvolvimento de modelos não estacionários para análise de frequência de extremos. Entretanto, devido à incerteza associada à detecção e estimativa de tendências em séries históricas, bem como à incerteza intrínseca ao se extrapolar mudanças para o futuro, ainda não existe um consenso na comunidade cientifica em relação ao seu uso. Neste trabalho, testou-se a hipótese de que a presença de tendências significativas (i.e., não estacionariedade) em registros históricos de precipitação justifica a utilização de modelos não estacionários para a análise de frequência de extremos. Foram avaliados os desempenhos de modelos estacionário (ST) e não estacionário (NS) para 777 séries históricas de precipitação do Sul do Brasil (SB), considerando o impacto da incerteza associada à estimativa dos parâmetros da distribuição Generalizada de Valor Extremo (GEV). Os resultados revelam que o acréscimo de incerteza promovido pela adição de complexidade é uma das principais limitações do uso do modelo NS para análise de frequência de chuvas extremas. A presença de tendência significativa não é uma condição suficiente para justificar a seleção do modelo não estacionário, e mostra a importância da quantificação explícita da incerteza associada aos parâmetros da distribuição de extremos.