Data: 19/11/2023 à 24/11/2023
Local: Centro de Convenções AM Malls - Sergipe
ISSN: 2318-0358
Mais informações: http://www.abrhidro.org.br/xxvsbrh
Controles do padrão espacial das vazões baixas na Amazônia
Código
XXV-SBRH0594
Autores
Vinícius Bogo Portal Chagas, Pedro Luiz Borges Chaffe, Günter Blöschl
Tema
STE24 - Recursos hídricos da Amazônia
Resumo
Vazões baixas nos rios dependem do balanço entre variabilidade climática e características fisiográficas associadas à capacidade de armazenamento da água, contudo, a importância de cada um destes fatores ainda é incerta. Neste estudo, nós investigamos os principais controles do padrão espacial da vazão mínima anual na Amazônia. A vazão mínima anual é estimada com um modelo conceitual baseado no decaimento exponencial da vazão. Os resultados revelam que o fator mais relevante para as vazões mínimas é a capacidade da bacia em atenuar a sazonalidade climática. A litologia é a variável mais influente, associada à recessão da vazão e ao armazenamento de água subterrânea. Propriedades do solo e chuva média anual têm importância intermediária, enquanto a evaporação média anual e duração da estação seca têm menor importância. Nós identificamos quatro grupos principais na Amazônia com padrões semelhantes de vazão mínima. As bacias do Solimões e Negro exibem elevadas vazões mínimas (acima de 1 mm por dia) associado à considerável chuva anual e reduzida sazonalidade. A região do aquífero Parecis (alto Xingu e Tapajós) possui elevadas vazões mínimas associado à alta capacidade de armazenamento. O médio e baixo Xingu, Tapajós, e Madeira têm menores vazões mínimas (abaixo de 0,5 mm por dia) associadas à baixa capacidade de armazenamento da litologia. Por último, as bacias do Purus e Juruá possuem menores vazões mínimas associada às menores taxas de percolação e recarga dos aquíferos. A compreensão dos controles das vazões baixas nos possibilita aprimorar a prevenção de secas e reduzir seus impactos sociais.