Data: 21/11/2021 à 26/11/2021
Local: BELO HORIZONTE - MG
ISSN: 2318-0358
Mais informações: http://www.abrhidro.org.br/xxivsbrh
NÃO ESTACIONARIEDADE DE CHEIAS NO BRASIL: ANÁLISE DE FREQUÊNCIA COM COVARIÁVEIS CLIMÁTICAS
Código
XXIV-SBRH0308
Autores
Gabriel Anzolin, Pedro Luiz Borges Chaffe
Tema
SE06.A - Cheias no Brasil: processos de geração, previsão e impactos
Resumo
A detecção de tendências em séries históricas de vazão máximas levou ao usou e desenvolvimento de modelos não estacionários para análise de frequência de cheias. Entretanto, devido à incerteza associada à detecção e estimativa de tendências em séries históricas, bem como à incerteza intrínseca ao se extrapolar mudanças para o futuro, ainda não existe um consenso na comunidade cientifica em relação ao seu uso. Este trabalho testou a hipótese de que o uso de informação climática melhora a habilidade de modelos não estacionários em descrever estatisticamente o regime de cheias. Foram avaliadas séries de vazões máximas anuais em de 385 bacias hidrográficas brasileiras para o período de 1980-2018. Os modelos utilizados foram baseados na distribuição GEV em suas formas estacionária e não estacionária dependente do tempo, chuva total anual, temperatura média anual e El Niño Oscilação do Sul. Os resultados sugerem que a utilização de informação climática na análise de frequência de cheias melhora a habilidade de modelos não estacionários em descrever estatisticamente o regime de cheias no Brasil, mesmo levando em consideração a incerteza associada a estimativa dos parâmetros da distribuição de extremos. A precipitação total anual foi a covariável climática mais influente no regime de cheias e que proporcionou os melhores resultados na análise de performance dos modelos. Os resultados mostram que a utilização de informação climática é uma abordagem promissora para superar as principais limitações de análises puramente estatísticas de frequência de cheias.