O REAPARECIMENTO DE UMA DESMÍDIA NA AMAZÔNIA APÓS CINCO DÉCADAS E A QUALIDADE DA ÁGUA NOS RIOS ARAPIUNS (PA) E CURICURIARI (AM) (PAP018453)

Código

PAP018453

Autores

DOMITILA PASCOALOTO, Climéia Corrêa Soares, CARLOS EDUARDO DE MATTOS BICUDO, Hillândia Brandão da Cunha, Maria do Socorro Rocha da Silva

Tema

Qualidade das águas e meio ambiente

Resumo

O primeiro e até recentemente único registro da alga planctônica Amscottia mira datava de 1954, quando ela foi descoberta em Santarém/PA, em um lago na bacia do rio Arapiuns, em local com água escura com pH 4,5. Em agosto de 2008, quase 55 anos depois, a espécie foi novamente observada na Amazônia, agora em um rio de água preta, Curicuriari, em São Gabriel da Cachoeira/AM. Tanto o rio Arapiuns quanto o Curicuriari apresentam águas transparentes, ácidas e pouco mineralizadas. No entanto, apesar da tonalidade aparentemente escura do rio Arapiuns, suas águas apresentaram cor verdadeira muito mais baixa do que o rio Curicuriari (média 25,25 e 268,91 mgPt.l-1, respectivamente), além de menores acidez e DQO (médias 5,61 e 16,945 mgO2.l-1, no rio Arapiuns e 4,12 e 102,8 mgO2.l-1, no rio Curicuriari, respectivamente), o que o classifica o Arapiuns como rio de água clara. Em linhas gerais esses rios não apresentam diferenças físico-químicas significativas dos demais rios da Amazônia de suas classes, o que sugere que a desmídia Amscottia mira, apesar de ser uma alga rara, possa vir a ser encontrada em outros ambientes, desde que sejam realizados estudos com maior esforço de coleta e incluindo maior número de ambientes.