Importância relativa da evolução de pequenas dunas na modelagem hidrossedimentológica fluvial

Código

XXIII-SBRH1242

Autores

William Bonino Rauen, Vinícius Granadier

Tema

Modelagem Hidrossedimentológica

Resumo

Objetivou-se quantificar a importância relativa do desenvolvimento temporal de formas de fundo em leitos fluviais no procedimento de determinação da resistência ao escoamento em modelos hidrossedimentológicos. Foram simulados dois cenários de vazão constante em um modelo matemático unidimensional de canal muito largo, retilíneo e com leito arenoso, de modo a conferir condições de alta e baixa mobilidade dos sedimentos e ocorrência de pequenas dunas. Foram comparadas as abordagens: (a) estática, na qual o cálculo da resistência foi feito em função das dimensões das formas de fundo estimadas para a condição de equilíbrio; e (b) dinâmica, na qual o cálculo da referida resistência considerou o desenvolvimento temporal das dimensões das formas de fundo, partindo de um leito plano até a condição de equilíbrio. Os resultados mostraram que a abordagem estática tende a superestimar substancialmente as profundidades médias durante uma parcela considerável da simulação; e, concomitantemente, a subestimar as descargas sólidas de fundo e suspensa, de tal modo a gerar estimativas de aporte sólido consideravelmente inferiores às obtidas com a abordagem dinâmica. Tais discrepâncias foram explicadas com base nas variações temporais de outros parâmetros hidrossedimentológicos, como o coeficiente n de Manning, a velocidade média e a velocidade de atrito (total e particionada).