O HYDROPEAKING E SUA REPRESENTAÇÃO EM UM MODELO DE PROPAGAÇÃO DE VAZÃO

Código

XXIII-SBRH1158

Autores

Walter Collischonn, Pedro Frediani Jardim, Rodrigo Cauduro Dias de Paiva

Tema

Operação de reservatórios e sistemas de reservatórios

Resumo

Mesmo PCHs podem provocar alterações significativas sobre a fauna e flora por meio de operações para atender variação da demanda energética, conhecidas como hydropeaking. Para o estudo deste tipo de impacto, a modelagem hidráulica computacional surge como alternativa para quantificar os impactos em locais não monitorados. Desta maneira, é necessário que o modelo adotado represente corretamente a atenuação natural dos picos de vazão lançados pelas hidrelétricas, sem que ocorra excessiva difusão numérica. O presente trabalho buscou avaliar o impacto da utilização de diferentes discretizações espaciais para modelagem com o método inercial tal qual formulado atualmente no modelo MGB. Para isso, foram feitos testes de propagação de picos de vazão em rios hipotéticos, os quais foram comparados à solução analítica da equação de advecção-difusão, bem como a de um hidrograma real a jusante da barragem Salto Caxias, no Paraná. Os resultados demonstraram que quando adotados picos de longa duração a difusão foi significativa, sendo mais sensível à discretização em rios de alta declividade, sendo ideal a utilização de segmentos na ordem de 2 km ou menos no modelo inercial. Este uso de segmentos menores da rede de drenagem aproximou a vazão obtida com o modelo inercial daquela com a solução analítica.