Incertezas do uso de modelos conceituais unidimensionais na validação de alturas de submersão

Código

XXIII-SBRH0927

Autores

Fernando Girardi de Abreu, Eduardo Mário Mendiondo, Ana Carolina Sarmento Buarque

Tema

Cheias no Brasil: Processos, Estimativa, Análise de Risco e Incertezas

Resumo

Essa pesquisa busca analisar as incertezas do uso de um modelo conceitual unidimensional na obtenção de alturas de submersão de imóveis. Para isso, foi elaborado um modelo conceitual unidimensional de uma área de estudo densamente ocupada por imóveis comerciais e com alta recorrência de eventos de inundação. Foi utilizado o hietograma de um evento de chuva ocorrido em 23 de novembro de 2015, que ocasionou grandes danos na região do mercado municipal de São Carlos. Na sequência, foram traçadas as manchas de inundação resultantes por meio do software de ArcGIS e do suplemento HEC-GeoRAS. No dia seguinte ao evento de inundação, foram realizadas medidas em 40 pontos as alturas de inundação por meio das marcas de sedimentos deixadas nas paredes dos estabelecimentos. As alturas de inundação obtidas na modelagem foram comparadas com aquelas obtidas em campo (reais) para 40 estabelecimentos comerciais afetados pelas chuvas. Com relação a profundidade de submersão verificou-se uma diferença média de 59% entre o modelo e as medidas reais para todos os imóveis analisados. Conclui-se que as questões hidrodinâmicas bidimensionais provocadas pelas construções e ruas geram um efeito gradualmente variado não verificado no modelo unidimensional utilizado e, portanto, diferenças significativas nas alturas de inundação.