COMO OBSERVAÇÕES DE SENSORIAMENTO REMOTO PODEM CONTRIBUIR PARA A CALIBRAÇÃO DE MODELOS HIDROLÓGICOS

Código

XXIII-SBRH0627

Autores

Aline Meyer Oliveira, Rodrigo Cauduro Dias de Paiva, Ayan Santos Fleischmann

Tema

Modelos hidrológicos como hipóteses sobre o funcionamento das bacias hidrográficas

Resumo

Modelos hidrológicos são ferramentas importantes para a gestão dos recursos hídricos, mas suas previsões estão sujeitas a incertezas advindas, por exemplo, da calibração dos parâmetros. Em geral, a calibração é realizada com observações de vazão. O presente estudo investiga a possibilidade da utilização de observações de sensoriamento remoto (SR) de outras variáveis para melhorar as previsões de modelos hidrológicos. Para isso, um modelo de base física (MGB) é calibrado através do algoritmo de otimização multi-objetivo MOCOM-UA, com observações de vazão, altimetria (Jason-2), áreas inundadas (ALOS), anomalias no armazenamento de água (GRACE), evapotranspiração (MOD16) e umidade do solo (SMOS). Os resultados da calibração com cada variável são avaliados para todas as variáveis analisadas, de forma a verificar o impacto da calibração de uma variável estimada por SR na representação das outras variáveis. A metodologia é aplicada na bacia hidrográfica do rio Purus (área de aprox. 320.000 km²), na Amazônia. Resultados preliminares indicam inconsistências na validação das variáveis, sugerindo possíveis incertezas nas observações, erros estruturais no modelo, independência entre variáveis de calibração/validação, ou insensibilidade dos parâmetros à variável de calibração. Estudos futuros devem explorar essas hipóteses que justificam as inconsistências encontradas, e o experimento deve ser replicado para outras áreas de estudo.