Espectroscopia de Fluorescência para Avaliação de Matéria Orgânica Dissolvida em Águas e Efluentes Urbanos: Uma Alternativa para a Gestão dos Recursos Hídricos

Código

XXIII-SBRH0595

Autores

Ellen Caroline Baettker, Victória Regina Celso Monteiro, Miguel Mansur Aisse, Cristovão Vicente Scapulatempo Fernandes, MARIA CRISTINA BORBA BRAGA, Caroline Kozak

Tema

13 - Tópicos Especiais

Resumo

A matéria orgânica dissolvida (MOD) pode ser proveniente dos solos, da produção in situ em águas superficiais e das atividades humanas. O lançamento de efluentes pode aumentar as concentrações de MOD nos corpos hídricos, interferindo nos ecossistemas. Este trabalho investigou as características da MOD em águas e efluentes urbanos, utilizando espectroscopia de fluorescência, para identificar semelhanças e diferenças e a potencial aplicabilidade desta técnica para a melhoria da gestão de recursos hídricos. Foram coletadas amostras de rio, reservatório, estação de tratamento de esgotos e lixiviado de aterro sanitário da região de Curitiba-PR. As matrizes de excitação e emissão (MEEs) do reservatório apresentaram baixos sinais de fluorescência, indicando ausência de fontes de contaminação em termos de material orgânico. Já no Rio Barigui, foram observadas características semelhantes às observadas nos efluentes (bandas B e T2 referentes ao material orgânico lábil e banda A referente ao material recalcitrante), indicando que há potenciais fontes poluidoras influenciando a qualidade deste corpo hídrico. Em geral, os resultados sugerem que a espectroscopia de fluorescência pode ser usada como medida fácil, rápida e sensível da composição da MOD presente em águas e efluentes urbanos, com potencial para identificação de fontes poluidoras, melhorando a gestão dos recursos hídricos.