UM MODELO HIDROLÓGICO-HIDRODINÂMICO DA BACIA DO PARANÁ E SEUS RESERVATÓRIOS

Código

XXIII-SBRH0558

Autores

Ayan Santos Fleischmann, SILVIA FRAZAO MATOS, João Paulo Lyra Fialho Brêda, Fernando Mainardi Fan, Sly Wongchuig Correa, Walter Collischonn, Daniel Firmo Kazay, Karimi Francesca Mussi

Tema

Operação de reservatórios e sistemas de reservatórios

Resumo

Modelos hidrológicos regionais têm sido desenvolvidos recentemente de modo a representar, de forma acoplada, processos hidrodinâmicos em rios e planícies de inundação, bem como o efeito de reservatórios. Apresenta-se a aplicação do modelo MGB para a bacia do Alto Paraná (~947.000 km²), considerando propagação hidrodinâmica nas planícies de inundação e em 54 importantes reservatórios existentes ao longo de toda a bacia. São consideradas diferentes regras de operação, de regras simplificadas buscando manter o nível máximo normal, a regras mais sofisticadas objetivando manter um nível meta e um volume de espera para controle de cheias, ou mesmo regularização de vazões (no caso de Furnas) e vazões turbinadas/vertidas (Itaipu). A validação indicou um satisfatório desempenho do modelo com Nash-Sutcliffe>0.7 para 70% dos postos fluviométricos. Cenários de simulação da atenuação em planícies de inundação mostraram a necessidade de representar o armazenamento nestas mesmo em tributários de cabeceiras. Por fim, a comparação entre atenuação de picos observada e simulada pelos reservatórios indicaram que para grande parte destes a simulação foi satisfatória, mas que para outros a regra de operação simplificada adotada subestimou a atenuação observada. O modelo apresentado é promissor para a gestão integrada dos reservatórios e dos recursos hídricos da bacia do Paraná.