Data: 24/11/2019 à 28/11/2019
Local: Foz do Iguaçu - PR
ISSN: 2318-0358
Mais informações: https://eventos.abrh.org.br/xxiiisbrh/
Impactos provocados pela construção de Hidroelétricas. Desterro, divisão e peregrinação de um povo Indígena. Os Tuxás da Bahia / Brasil.
Código
XXIII-SBRH0359
Autores
Nelson Bernal Dávalos, Saulo Rodrigues Pereira Filho
Tema
O Presente e o Futuro da Hidreletricidade no Brasil
Resumo
O Brasil é considerado um dos países com maior quantidade de Hidroelétricas no mundo. As construções daqueles empreendimentos provocaram avanços importantes na indústria e economia do país. No entanto, geraram uma série de impactos ambientais como sociais, que décadas depois, ainda estão sendo sentidos pela população. É o caso do povo indígena Tuxá de Rodelas/Bahia, que após a construção e inauguração da Usina Hidrelétrica Itaparica (1988), hoje conhecida como Luiz Gonzaga, foram deslocados de maneira forçada provocando conflitos internos e impactos socioculturais e econômicos que ainda não podem ser superados. Afirma-se que o povo historicamente foi agricultor e pesqueiro, no entanto, na atualidade devido ao reassentamento ainda não possuem um território próprio que lhes permita melhorar sua dieta e economia, por outro lado, vem sentindo a deficiência na pesca devido à diminuição do rio São Francisco, a eutrofização das águas próximas à cidade de Rodelas e a consequência da poluição do rio provocada pelos desfechos de esgoto e as atividades agrícolas que estabeleceram-se na região. Conhecer a situação deste povo ajudará a repensar na implementação de novos projetos hidrelétricos, suas vantagens, avanços, limitações e a geração de possíveis impactos, mas essencialmente o futuro da hidroeletricidade do país. Este trabalho foi desenvolvido através da realização de uma pesquisa qualitativa levada adiante em Rodelas no final do ano 2018, para tal efeito realizaram-se entrevistas semiestruturadas, histórias de vidas a atores chaves (Lideranças indígenas e representantes do povo Tuxá) assim como grupos focais.