ESTACIONARIEDADE ESTATÍSTICA DAS ENERGIAS NATURAIS AFLUENTES AOS SUBSISTEMAS BRASILEIROS

Código

PAP022151

Autores

DANIEL HENRIQUE MARCO DETZEL, LUCIO DE MEDEIROS, DÉBORA CINTIA MARCILIO, ANA PAULA OENING, FRANK TOSHIOKA

Tema

11 - Hidro-energia

Resumo

Análises na condição de estacionariedade estatística de séries de vazões têm crescido consideravelmente nos últimos anos, como consequência de alterações no uso dos solos de bacias hidrográficas e das variabilidades/mudanças climáticas. Nesse contexto, o presente artigo expõe um estudo voltado para Energias Naturais Afluentes (ENAs), séries estas que são utilizadas no planejamento da geração de energia das usinas hidrelétricas brasileiras. As ENAs são obtidas a partir da conversão e agregação das séries de vazões afluentes aos reservatórios que operam em diferentes subsistemas. Dadas as dimensões de cada subsistema, investiga-se se tendências ou quebras nas séries de vazões são transmitidas adequadamente para as ENAs, ou são perdidas no processo de conversão. Para tanto, três técnicas não paramétricas são aplicadas (RAPS e testes de Mann-Kendall e de Pettitt) às ENAs dos quatro subsistemas brasileiros (Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte). Os resultados mostram que as ENAs dos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Nordeste possuem indícios de não estacionariedade. A década de 1970 foi marcante para as alterações observadas nas séries do Sudeste/Centro-Oeste e Sul. Outras particularidades observadas nas ENAs do Sudeste/Centro-Oeste, bem como das do Nordeste são discutidas.