IMPACTOS DAS SECAS NO USO DA ÁGUA NA AGRICULTURA IRRIGADA NO RIO GRANDE DO SUL

Código

XXVI-SBRH1167

Autores

Nicole Viegas Ramalho, ANDERSON LUIS RUHOFF, LEONARDO LAIPELT DOS SANTOS, Gabriel Matte Rios Fernandez, Wilany Rodrigues Galvão Alves, Júlia Brusso Rossi, Bruno César Comini de Andrade

Tema

STE110 - Sensoriamento remoto da água: avanços técnicos-científicos e aplicações na nova era de disponibilidade de dados

Resumo

A agricultura é um setor importante para a economia brasileira, e no Rio Grande do Sul detaca-se o uso da irrigação em culturas de arroz, soja e milho. No entanto, o aumento da área irrigada ocorre em um cenário de secas cada vez mais frequentes, que reduzem a disponibilidade hídrica e comprometem a produção. O município de Cruz Alta, maior em área irrigada por pivô central da região Sul do Brasil, tem sido impactado por estiagens prolongadas. Neste estudo, o objetivo é avaliar os efeitos das secas sobre a agricultura irrigada em Cruz Alta, utilizando dados de sensoriamento remoto para estimar a evapotranspiração (ET) e monitorar o uso da água em diferentes condições climáticas. Foram aplicados três modelos baseado em satélites (geeSEBAL, PT-JPL e SSEBop) para estimar ET, além da análise do índice de vegetação (NDVI) e da temperatura da superfície terrestre (LST). As informações foram obtidas a partir de imagens Landsat e dados meterológicos do ERA5-Land, processados na plataforma Google Earth Engine (GEE). No período histórico, os modelos mostraram variação de ET. O modelo geeSEBAL mostrou maior variabilidade na ET, com maiores picos e variações significativas, indicando maior sensibilidade. O modelo SSEBop teve um comportamento intermediário, enquanto o PT-JPL exibiu menores flutuações, o que pode levar à subestimação da necessidade de irrigação em períodos extremos. Além disso, espera-se neste estudo uma análise de NDVI, LST e ET tanto em áreas de agricultura de sequeiro quanto em áreas irrigadas, com o objetivo de comparar o desempenho dos modelos utilizados.