COMPARAÇÃO DE CURVAS DEPTH AREA DURATION PARA O EVENTO DE CHUVA EXTREMA DE 2024 NO RS A PARTIR DE DIFERENTES BASES DE DADOS

Código

XXVI-SBRH0908

Autores

Walter Collischonn, Nicole Viegas Ramalho, Rafael Cabeleira de Coronel Machado Filho, Rafaela Cristina de Oliveira, João Paulo Lyra Fialho Brêda, Fernando Mainardi Fan, Rodrigo Cauduro Dias de Paiva

Tema

STE125 - Modelagem de Extremos de Precipitação: métodos, aplicações e desafios

Resumo

O evento de precipitação extrema de abril e maio de 2024 no Rio Grande do Sul foi caracterizado por chuvas de longa duração sobre áreas extensas. A análise deste tipo de evento requer abordagens regionais e em múltiplas janelas de tempo, como a técnica Depth-Area-Duration (DAD). No entanto, é de suma importância assegurar que a técnica DAD aplicada a eventos extremos seja realizada a partir de dados de chuva que reflitam seu caráter excepcional com precisão . Nesse sentido, este trabalho buscou comparar curvas DAD para o evento de 2024 no Rio Grande do Sul a partir de quatro bases de dados de chuva distintas ? MERGE, GSMaP, Automáticas e Automáticas + Convencionais ?, que diferem quanto ao uso de sensoriamento remoto ou medições por pluviômetros, bem como quanto à inclusão de pluviômetros convencionais. As chuvas foram acumuladas em 3, 5, 7 e 14 dias, e as maiores áreas analisadas foram de cerca de 200.000 km2. Observou-se que as curvas DAD para MERGE e GSMaP, que incluem estimativas por sensoriamento remoto, foram inferiores às das bases Automáticas e Automáticas + Convencionais para todos os períodos analisados, ainda que apoiadas em dados observados em alguns pluviômetros, indicando tendência a subestimar chuvas extremas de longa duração e menor capacidade de capturar a extensão espacial do evento quando comparados às bases que utilizam dados in situ. Ademais, a inclusão de pluviômetros convencionais permitiu identificar que a chuva foi ligeiramente superior ao estimado com base apenas em pluviômetros automáticos.