INTERAÇÕES ANTRÓPICAS E AMBIENTAIS NA SAÚDE: MODELAGEM RANDOM FOREST APLICADA AO RIO BEBERIBE (PE)

Código

XXVI-SBRH0784

Autores

Ester Milena dos Santos, Jocimar Coutinho Rodrigues Junior, Camila Oliveira de Britto Salgueiro, Lucas Amorim Amaral Menezes, Mayara Silva de Oliveira, Leidjane Maria Maciel de Oliveira, SYLVANA MELO DOS SANTOS, ANDERSON LUIZ RIBEIRO DE PAIVA

Tema

J - Qualidade da Água em Sistemas Ambientais

Resumo

A degradação da qualidade da água, impulsionada por processos de urbanização desordenada, poluição difusa e alterações climáticas, representa um desafio para a saúde pública e a gestão ambiental. Este estudo aplicou o modelo Random Forest para prever número de internações por doenças de veiculação hídrica na bacia do rio Beberibe (PE), com base em dados ambientais e territoriais entre 2010 e 2020. Utilizou-se variáveis relacionadas à qualidade da água, ao uso e cobertura do solo e à precipitação mensal. O modelo apresentou desempenho satisfatório (R² = 0,87; RMSE = 162,53), indicando boa capacidade preditiva. As variáveis com maior importância foram vegetação, urbanização e esgotamento sanitário, evidenciando a influência de fatores antrópicos sobre a saúde ambiental. Variáveis físico-químicas também contribuíram moderadamente, enquanto fatores climáticos apresentaram menor relevância no contexto analisado. Os resultados evidenciam o potencial do Random Forest como ferramenta para modelagem preditiva em ambientes urbanos complexos, auxiliando na identificação de áreas críticas e no direcionamento de ações corretivas. A abordagem computacional contribui para o fortalecimento do monitoramento ambiental e da formulação de políticas públicas mais eficazes, especialmente em regiões com escassez de dados.