Data: 23/11/2025 à 28/11/2025
Local: Vitória - ES
ISSN: 2318-0358
Mais informações: https://eventos.abrhidro.org.br/xxvisbrh
TRANSIÇÕES SUSTENTÁVEIS EM RESERVATÓRIOS TROPICAIS UTILIZANDO O REFLORESTAMENTO PARA COMPENSAÇÃO DA PEGADA DE CARBONO
Código
XXVI-SBRH0723
Autores
PEDRO GUSTAVO CAMARA DA SILVA, Marcos Roberto Benso, Gabriela Gesualdo, Rebecca Sankarankutty, Danielle de Almeida Bressiani, Rodrigo Santos Costa, Enio Bueno Pereira, Josicleda Domiciano Galvíncio, ADRIANA CUARTAS, Suzana Maria Gico Lima Montenegro, Denise Taffarello, Martinus Servatius Krol, Eduardo Mário Mendiondo
Tema
H - Ecossistemas, Biomas e Transição Ecológica
Resumo
Reservatórios tropicais de água doce são essenciais para a segurança hídrica, especialmente em regiões semiáridas como o Nordeste brasileiro, onde a escassez de água e a variabilidade climática afetam comunidades e ecossistemas. No entanto, esses reservatórios também são fontes relevantes de emissões de gases de efeito estufa (GEE), como metano (CH4) e dióxido de carbono (CO2), gerando a necessidade de estratégias eficazes de mitigação. Entre elas, o reflorestamento surge como uma solução promissora por permitir o sequestro de carbono e gerar benefícios ambientais adicionais. Este estudo avaliou a pegada de carbono e o potencial de compensação de 24 pequenos reservatórios pernambucanos, utilizando a ferramenta G-res, sob os cenários climáticos SSP2-4.5 e SSP5-8.5. Os resultados indicam que as emissões variam conforme profundidade, uso do solo e clima, com reservatórios menores frequentemente apresentando maiores taxas. A expansão da vegetação nas bacias hidrográficas e em áreas adjacentes aos reservatórios pode compensar essas emissões e viabilizar transições sustentáveis. No cenário SSP5-8.5, as áreas de reflorestamento necessárias aumentam em até 286% em relação ao período de referência. Conclui-se que o reflorestamento deve ser incorporado às políticas públicas como ferramenta estratégica para neutralizar emissões. Este estudo demonstra que: (1) as mudanças climáticas e as transições insustentáveis aumentam as emissões de GEE em reservatórios tropicais; (2) o reflorestamento pode compensar essas emissões e apoiar a gestão sustentável; e (3) as áreas de reflorestamento precisarão ser ampliadas no futuro, de acordo com os cenários climáticos.