LIMIARES CRÍTICOS A MOVIMENTOS DE MASSA NO MUNICÍPIO DE LAGES/SC

Código

XXVI-SBRH0431

Autores

Daniel Vieira Mendes, Raquel Valério de Sousa

Tema

I - Desastres e Emergência Climática

Resumo

Entender a relação entre a chuva e os movimentos de massa se faz preponderante para a gestão de desastres, porquanto estes além de recorrentes, envolvem muitos fatores. Uma das formas de se obter a relação é por meio da análise entre totais acumulados de precipitação e ocorrência de movimentos de massa. Assim, este estudo tem por objetivo principal saber quais os limiares críticos de precipitação, isto é, a partir de quais valores de acumulado de chuva os deslizamentos começam a ser desencadeados e se tornam mais recorrentes, no município de Lages/SC. Além disso, com os registros de deslizamentos, objetiva-se saber quais os locais de maior recorrência desses processos. Utilizaram-se dados de estações pluviométricas do CEMADEN, com acumulados de 1 a 10 dias de chuva. Obtiveram-se registros de deslizamentos a partir da Defesa Civil do Município de Lages. Constatou-se que o maior número de recorrências de deslizamentos ocorre nos bairros Santo Antônio, Santa Catarina, Guadalupe e Ipiranga. Constatou-se que o acumulado de 9 dias proporciona uma melhor distinção dos processos que desencadeiam e que não desencadeiam movimentos de massa. Além disso, considerando os 9 dias de acumulado, tem-se os seguintes limiares críticos: acumulados menores que 36,2 mm para suscetibilidade baixa a movimentos de massa, de 36,2 mm até 117,28 mm para média suscetibilidade, e acima deste valor para alta suscetibilidade. Concluiu-se que, para acumulados elevados, há uma maior tendência de que haja um predomínio de ocorrência de desencadeamento de deslizamento em comparação aos registros que não desencadeiam.