COMO VARIAM OS REGIMES HIDROLÓGICOS EM DIFERENTES BIOMAS DO BRASIL?

Código

XXVI-SBRH0215

Autores

Brenda Camila Ferreira, Tobias Bernward Bleninger, DANIEL HENRIQUE MARCO DETZEL, EMILIO GRACILIANO FERREIRA MERCURI, Tereza Margarida Xavier de Melo Lopes

Tema

F - Processos Hidrológicos e Monitoramento Integrado de Recursos Hídricos

Resumo

Foi analisado a variação de regimes hidrológicos em quatro biomas brasileiros (Caatinga, Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica), a partir de séries históricas de vazão e precipitação (de 1993 a 2022) em bacias de características similares. Os resultados indicaram diferenças associados aos regimes climáticos de cada bioma. Na Caatinga (Itaeté), as vazões mostraram-se estáveis (25 a 32 m³/s) e pouco sensíveis a extremos. A Amazônia (Mato Grosso) apresentou o regime mais regular, com sazonalidade marcada pelo período chuvoso, embora o aumento significativo de precipitação (15,3 mm/ano) não tenha se refletido nas vazões. O Cerrado (Santo Hipólito) destacou-se pela maior amplitude, com vazões extremas (até 2493 m³/s) concentradas no verão, padrão típico de sua sazonalidade acentuada. Já a Mata Atlântica (Fluviopólis) mostrou o comportamento mais complexo, com alta variabilidade interanual e ausência de sazonalidade clara, característica de regiões sob influência de múltiplos sistemas atmosféricos. A comparação temporal mostrou que apenas 13% dos eventos extremos ocorreram simultaneamente nos quatro biomas, evidenciando que os controles climáticos regionais superam os de larga escala na modulação hidrológica. Esses padrões distintos demonstram que, mesmo em bacias morfometricamente similares, os biomas impõem respostas hidrológicas características, sendo o regime pluviométrico o principal fator condicionante.