PERENIDADE DE FLUXO E ESTILOS FLUVIAIS DO ALTO CURSO DOS RIOS PIRANHAS E PARAÍBA

Código

XVII-SRHNE0399

Autores

Jeferson Mauricio Rodrigues, Gabriel de Jesus Pereira, Elen Mayara de Sousa Batista, Jonas Otaviano Praça de Souza

Tema

12. Gestão e planejamento dos recursos hídricos

Resumo

As terras secas, que abrangem um terço da superfície terrestre, são caracterizadas por déficit hídrico, onde a evapotranspiração supera a precipitação. Essas áreas, incluindo o semiárido brasileiro, enfrentam altos valores de evaporação e escassez de chuvas, com rios predominantemente intermitentes ou efêmeros. Este estudo visa compreender a perenidade de fluxo dos rios Paraíba e Piranhas, ambos impactados pela transposição do rio São Francisco. Dados de estações fluviométricas, incluindo Caraúbas (rio Paraíba) e Várzea Grande (rio Piranhas), foram analisados para avaliar a vazão e permanência entre 1970 e 2022. As características das bacias foram descritas, considerando climatologia, geologia, e padrões de precipitação e evapotranspiração. A análise revelou que os rios Paraíba e Piranhas passaram a maior parte do tempo com vazões inferiores a 1 m³/s. O índice de fluxo base (BFI) foi calculado, indicando que ambos os rios são altamente intermitentes. O rio Paraíba mostrou uma perenidade de fluxo anual de apenas 4,57%, enquanto o rio Piranhas apresentou 31,87%. A frequência e duração da intermitência são maiores no rio Paraíba, reforçando sua categorização como altamente intermitente. Esses resultados são essenciais para entender os impactos da transposição do rio São Francisco e para o gerenciamento hídrico na região semiárida brasileira.