AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA E SUA RELAÇÃO COM AS CIANOBACTÉRIAS EM RESERVATÓRIOS DE ABASTECIMENTO PÚBLICO DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO

Código

XVII-SRHNE0388

Autores

Nayara Barreto da Costa, Gabriel Moiano Cesar, Marcela Miranda, Felipe Siqueira Pacheco, Jean Pierre Henry Balbaud Ometto, Juliana dos Santos Severiano, JOSÉ ETHAM DE LUCENA BARBOSA

Tema

20. Poluição das águas

Resumo

Em ecossistemas aquáticos artificiais, como os reservatórios, as atividades antrópicas deterioram a qualidade da água e aumentam as florações de cianobactérias, reduzindo a diversidade das comunidades aquáticas. Diante disso, o objetivo deste estudo é avaliar a relação entre a biomassa de cianobactérias e o Índice de Estado Trófico (IET) em dois reservatórios na região semiárida, além de analisar o uso e ocupação da terra nas proximidades desses reservatórios. O estudo foi realizado em dois reservatórios do estado da Paraíba, nos meses de maio (chuva) e novembro (seca) de 2022. Foram coletados parâmetros físico-químicos e amostras de cianobactérias. Utilizou-se Regressão Simples para avaliar a relação entre a biomassa de cianobactérias e o IET, o modelo linear generalizado (GLM) para verificar diferenças nas concentrações de nutrientes entre os reservatórios, teste t para comparar os reservatórios, PCA para analisar variáveis ambientais e qui-quadrado para avaliar o uso da terra. Foram identificadas 17 espécies de cianobactérias, com as maiores biomassas de Planktothrix agardhii em Poções e Raphidiopsis raciborskii em Boqueirão. Poções foi classificado como eutrófico, enquanto Boqueirão foi classificado como mesotrófico. O GLM indicou diferenças significativas nas concentrações de nutrientes, com Poções apresentando níveis mais altos de amônia e fósforo total, e Boqueirão exibindo maiores concentrações de nitrato e nitrito. A análise PCA destacou variáveis ambientais distintas para cada reservatório. O teste qui-quadrado revelou diferenças significativas no uso da terra entre os dois locais. Esses resultados reforçam a necessidade de implementar estratégias de manejo para reduzir a entrada de nutrientes nos reservatórios, auxiliando na mitigação da eutrofização e garantindo a qualidade da água para múltiplos usos na região semiárida do Brasil.