COMPARAÇÃO DE CHUVAS EXTREMAS NO BRASIL ENTRE 1961 E 2024

Código

IV-END0211

Autores

Nicole Viegas Ramalho, Walter Collischonn, ANDERSON LUIS RUHOFF, Rafael Cabeleira de Coronel Machado Filho, João Paulo Lyra Fialho Brêda, Sly Wongchuig Correa

Tema

11 - Eventos e sistemas meteorológicos extremos

Resumo

Medições pontuais de precipitação não são bons parâmetros para a avaliação quantitativa sobre chuvas em grandes regiões, especialmente quando cheias em grandes rios são investigadas. Nesse sentido, chuvas extremas, como a de abril e maio de 2024 no RS, precisam de análises do ponto de vista regional, considerando o conjunto e a distribuição espacial dos pluviômetros. Tendo isso em vista, este trabalho adotou, como metodologia, a técnica "Depth Area Duration" (DAD), que relaciona a altura, área e duração da chuva, para avaliar o evento de 2024 no RS frente às maiores chuvas registradas em base de dados de 1961 a 2022. Para isso, fez-se uma comparação entre a curva DAD do evento de 2024 e curvas históricas, utilizando dados acumulados de 1961 a 2022 para o território brasileiro a sul do paralelo 10ºS. A chuva acumulada foi calculada para períodos de 3, 5, 7 e 14 dias, seguida pela interpolação desses dados, pela geração de isoietas e pelo cálculo da área e da precipitação média acumulada em polígonos definidos pelas isoietas. A análise indicou que a chuva de abril e maio de 2024 no RS pode ter sido o evento de chuva mais intenso já registrado no país em termos de duração (3 a 14 dias) e escala espacial (10.000 km² a 100.000 km²). A pesquisa ainda está em andamento para verificar a adequação dos dados em grade para a análise de eventos extremos em grandes regiões.