TRAJETÓRIA DE DESMATAMENTO NO ESTADO DA PARAÍBA

Código

XVII-SRHNE0310

Autores

Sabrina Holanda Oliveira, Ulisses Alencar Bezerra, Laisa Daiana Alcântara Costa, John Elton de Brito Leite Cunha

Tema

18. Mudanças no uso e cobertura da terra sobre a diversidade

Resumo

A remoção da cobertura florestal aumenta a vulnerabilidade ambiental à erosão hídrica e eólica, reduzi a fertilidade do solo e compromete a capacidade do ecossistema prover serviços essenciais como ciclagem de nutrientes e regulação climática. Nesse contexto, este estudo analisa a dinâmica da cobertura florestal na Paraíba, de 1985 a 2022, avaliando os principais períodos e vetores do desmatamento, bem como as regiões mais impactadas usando dados do projeto MapBiomas. Os resultados revelam padrões distintos de perdas e ganhos de cobertura florestal entre as mesorregiões. O Agreste perdeu quase 21% de sua cobertura florestal, enquanto o Sertão ainda mantém aproximadamente 60%. Destaca-se a predominância da classe "Outros usos", especialmente na Mata Paraibana, refletindo um histórico de desmatamento associado à colonização e expansão agrícola. Ademais, a expansão das áreas de pastagem para pecuária emerge como o principal vetor de desmatamento, ocupando 32% do território estadual. A agricultura, principalmente com o plantio de cana-de-açúcar, também contribui para as perdas de cobertura florestal. Com apenas 3% do território estadual protegido por áreas de proteção, o estudo enfatiza a necessidade de uma gestão sustentável para preservar a biodiversidade e garantir serviços ecossistêmicos, visando alcançar a neutralidade de degradação da terra.