UMA VISÃO GERAL DOS EVENTOS DE SECA NA REGIÃO DO CEARÁ ENTRE 1911 A 2021

Código

XVII-SRHNE0302

Autores

Jorgiane Pires Bezerra, Raimundo Nonato Farias Monteiro, Ályson Brayner Sousa Estácio, ROCHELE SHEILA VASCONCELOS, Francisco de Assis de Souza Filho, Eduardo Savio Passos Rodrigues Martins

Tema

07. Eventos extremos (secas e enchentes)

Resumo

Eventos climáticos extremos, como enchentes e secas, aumentaram em frequência, duração e severidade devido às mudanças climáticas globais. Segundo o IPCC, secas no semiárido nordestino, especialmente no Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, podem intensificar-se no século 21. A seca é causada por reduções prolongadas na precipitação, afetando reservatórios, aquíferos e agricultura. Esses eventos são classificados em seca meteorológica, agrícola, hidrológica e socioeconômica. Secas severas no século 20 (1950-1959) e 21 (2012-2018) afetaram drasticamente a agricultura e a pecuária, resultando em perdas significativas para pequenos agricultores. Medidas como a construção de reservatórios e transposição de água foram implementadas para mitigar os impactos. Para analisar secas hidrológicas no Ceará (1911-2021), foi utilizado o índice SWSI, que considera vazão, precipitação e estoque de reservatórios. Dados de 815 postos pluviométricos e 155 reservatórios foram analisados. Os resultados mostram que as secas mais severas ocorreram em 1950-1959 e 2012-2018, com variações espaciais significativas. As regiões mais afetadas foram o Alto Jaguaribe, com uma seca de 22 anos. A compreensão da frequência e severidade das secas é essencial para desenvolver medidas de mitigação e melhorar a gestão de recursos hídricos.