CAPACIDADE DE DETECÇÃO DE PRECIPITAÇÃO EXTREMA POR PRODUTOS DE SATÉLITE: ESTUDO DE CASO NA REGIÃO DE SANTA MARIA (RS) EM ABRIL DE 2024

Código

IV-END0196

Autores

Néverton Scariot, Vitória Tesser Martin, Maite Dineque Cassenote, Francisco Paim de Freitas Neto, Bibiana Peruzzo Bule, Daniel Gustavo Allasia Piccilli, Rutinéia Tassi

Tema

11 - Eventos e sistemas meteorológicos extremos

Resumo

O estudo visa avaliar o desempenho de dados de precipitação obtidos pelos satélites MSWEP, GSMaP e IMERG em comparação com os dados registrados pela estação do INMET em Santa Maria, Rio Grande do Sul (RS). A análise concentrou-se em um período marcado por um dos maiores desastres climáticos já registrados no estado, causado por altos volumes acumulados de chuva devido à interação de El Niño, zonas de baixa pressão, calor e umidade. Os resultados mostraram que, antes do evento, os satélites apresentaram desempenho satisfatório, com valores acumulados próximos aos da estação INMET. No entanto, durante o evento extremo, todos os produtos, exceto o MSWEP, superestimaram os volumes de chuva. Embora o MSWEP tenha apresentado dados mais próximos aos da estação INMET, houve divergências no comportamento da série antes e após o evento. Em resumo, enquanto os produtos GSMaP v6, v7 e IMERG capturam corretamente os sinais de precipitação, tendem a superestimar os valores durante eventos extremos. Por outro lado, o MSWEP mostrou boa correspondência com os volumes acumulados registrados pelo INMET durante o período analisado, embora apresentasse discrepâncias nos dias que antecederam e sucederam o evento. Portanto, o estudo conclui que, apesar das limitações, os dados de satélite representam uma alternativa promissora para monitoramento de precipitação em regiões com poucas estações terrestres, mas é necessário cautela ao utilizá-los durante eventos extremos.