AVALIAÇÃO DAS ESTIMATIVAS DE EVAPOTRANSPIRAÇÃO COM DADOS DE SENSORIAMENTO REMOTO ORBITAL EM ANOS DE EVENTOS EXTREMOS NO NORDESTE

Código

XVII-SRHNE0069

Autores

Cinthia Maria de Abreu Claudino, Eduardo Gonçalves Patriota, José Welton Gonçalo de Sousa, GUILLAUME F. BERTRAND, Cristiano das Neves Almeida, VICTOR HUGO RABELO COELHO

Tema

09. Geotecnologias em recursos hídricos

Resumo

A evapotranspiração real (ET) é um componente importante do ciclo hidrológico e seu monitoramento é vital para a gestão dos recursos hídricos, principalmente em períodos de eventos extremos (e.g. resultando de condições específicas como El Niño e La Niña) e em locais com escassez de água, como o Nordeste do Brasil. No entanto, a sua previsão em campo é pontual e onerosa. Avanços no sensoriamento remoto por satélite e computação em nuvem facilitaram a criação de produtos e modelos para estimativa de ET, dentre esses o algoritmo ESTIMET (Evaluation and Spatial-Temporal Improvement of MODIS EvapoTranspiration) e o produto MOD16A2GF da NASA (Terra Net Evapotranspiration Gap-Filled 8-Day Global), ambos baseados na lógica Penman-Monteith. Assim, o presente estudo avaliou as diferenças de ET estimadas por sensoriamento pelo ESTIMET e MOD166 em períodos de ocorrência de eventos extremos de El Niño (2015-2016) e La Niña (2017-2018) no Nordeste do Brasil. As análises mostraram que o ESTIMET acompanha as estimativas do MOD16A2GF, apesar de apresentar valores mais baixos na maior parte dos períodos, exceto em períodos chuvosos. As correlações estatísticas entre as duas estimativas de ET foram significativas (R² > 0.90 e RMSE < 20%). Mapas anuais de ET indicaram menor ET na região central e maiores valores no litoral e noroeste do Nordeste. Assim, o ESTIMET é confiável, sendo adequado para estudos hidrológicos e gestão sustentável dos recursos hídricos.