Molhes guia-corrente submersos na barra marítima de Santos-SP

Código

II-FLUHIDROS0168

Autores

TIAGO ZENKER GIRELI, Elisa Cabral Terra, Atila Foster Klein-Gunnewiek, PATRÍCIA DALSOGLIO GARCIA

Tema

11 - Hidráulica marítima e de estuários

Resumo

Os fenômenos costeiros são governados por diversos elementos, sendo o equilíbrio costeiro é influenciado pelas marés, pela energia das ondas, pelas intervenções humanas. Em Santos-SP está localizado o Porto de Santos, cujas profundidades no trecho da barra marítima do canal de navegação são hoje mantidas às custas de grandes volumes anuais de dragagem. Uma alternativa estudada por diferentes autores consiste na adoção de molhes guia-corrente emersos. Entretanto os impactos da implantação deste tipo de estrutura seriam deletérios para as praias adjacentes. Assim, este estudo tem por objetivo avaliar a eficácia da adoção de molhes guia-corrente submersos para a embocadura do estuário santista. Para tanto foi empregada a modelagem matemática com o software MIKE 21, do Danish Hydraulic Institute no qual foram modelados 3 cenários, sem molhes, com molhes submersos e com molhes emersos. Como resultados, obteve-se incrementos significativos nas velocidades, em especial no ciclo de vazante em ambos os cenários com molhes, alcançando valores suficientemente elevados para mitigar a sedimentação no local. Apesar dos incrementos serem até 60% superiores no cenário com molhes emersos, a execução de estruturas submersas além de não alterarem a paisagem natural, não geram uma estagnação das correntes de maré junto às praias de Santos e, evidentemente permitem a passagem das ondas sobre a crista da estrutura, mitigando assim os impactos de sua construção. Atenção deve ser dada tanto à sinalização náutica, quanto à redução do prisma de maré decorrente da introdução dos molhes, que deve ser objeto de estudos posteriores.