Áreas hidrológicas frágeis como promotoras ou atenuadoras do escoamento superficial e sua representação no modelo erosivo LISEM.

Código

II-FLUHIDROS0157

Autores

Alexandre Augusto Schlesner, JEAN PAOLO GOMES MINELLA, Cristiano Carvalho da Silva, Elisio Fernando, Audlet Clairilus

Tema

02 - Modelagem física e numérica de escoamentos

Resumo

O avanço da agricultura com plantio direto simplificado sobre encostas de grande fragilidade ambiental tem provocado perdas de água devido à rápida formação de escoamento superficial, principalmente ao longo dos talvegues das encostas. Além dos solos, outras estruturas têm importantes funções hidrológicas benéficas, como matas ciliares e zonas ripárias, e outras como estradas que promovem danos. Algumas delas promovem o escoamento do tipo Dunniano, além do escoamento Hortoniano que ocorre nas encostas. Para um bom planejamento de manejo, é necessário quantificar a formação do escoamento em bacias e para isso se usam o monitoramento e a modelagem matemática. Entretanto, é desafiador representar o comportamento dessas estruturas no contexto da modelagem, primeiro para identificá-las, e segundo, simular seu comportamento nos modelos. Neste trabalho foram mapeados talvegues de encostas, regiões úmidas e estradas na bacia com auxílio de ferramentas de geoprocessamento, para determinação de canais e do índice topográfico de umidade, atribuindo feições de entrada ao modelo e valores de parâmetros que controlam a infiltração e calibração hidrológica nos eventos de chuva-vazão. As incertezas sobre os valores de calibração da condutividade hidráulica dos solos nas encostas trazem dúvidas quanto à eficiência dos resultados da modelagem. A calibração de 150 eventos utilizando a técnica promoveu resultados promissores de eficiência da modelagem hidrológica, sendo que a identificação e representação do comportamento de estradas, zonas sujeitas à saturação e comportamento dos talvegues representou melhoria na representação dos processos hidrossedimentológico na bacia de estudo.