Estação radiométrica hiperespectral autônoma para monitorar os fluxos de sedimentos em alta frequência no Rio Madeira na UHE Jirau

Código

II-FLUHIDROS0104

Autores

Jean-Michel Martinez, Henrique Llacer Roig, Diogo Olivetti, Regio Santos Alves, Tayline Alencar Marques Serafim, Osmair Santos Ferreira, Diego Alves Santos, Keila Cristina Aniceto, Henrique Borges, David Guimarães Franca, Ednaldo Severo, Naziano Pantoja Filizola Júnior, Daniel Fernandes, Camila da Silva Souto

Tema

07 - Tecnologias para o monitoramento de água e sedimentos

Resumo

Este artigo apresenta um novo conceito de estação de monitoramento de sedimentos em suspensão em rios, baseado no uso da radiometria hiperespectral utilizando a luz solar retroespalhada pela coluna de água. Semelhante as técnicas de sensoriamento remoto por satélite, a aplicação de radiômetros in situ permite operar mesmo com cobertura de nuvens e em horários diurnos prolongados. Embora essa técnica para satélites já tenha sido desenvolvida há décadas, seu uso de forma contínua em local fixo é ainda escasso, apesar do seu grande potencial. O monitoramento realiza-se a partir de 3 radiômetros simultâneas para medir a radiância subindo da água, a radiância descendo do céu, para correção dos reflexos na superfície, e a irradiância descendo para normalizar as variações de iluminação incidente e calcular uma reflectância. Nesta comunicação, apresentaremos o conceito e mostramos os primeiros resultados adquiridos ao longo de um ano hidrológico no reservatório da UHE Jirau, no rio Madeira. Primeiras comparações entre monitoramento convencional e radiométrico para um range de concentrações de 12 até 1100 mg/L (N=13), mostram um RMSE de 132 mg/L (28 % relativo), um R2 de 0,88 e um viés relativo de 7%.