A AUTOCORRELAÇÃO ESPACIAL DE CIANOBACTÉRIAS EM RESERVATÓRIOS TROPICAIS

Código

XXV-SBRH1197

Autores

Tatiane Medeiros Queiroz, Maria Eduarda Dantas César, Juliana dos Santos Severiano, JOSÉ ETHAM DE LUCENA BARBOSA

Tema

27 - Qualidade da Água, Compostos Emergentes e Micropoluentes

Resumo

A autocorrelação espacial (ACE) mede a relação entre as variáveis bióticas e abióticas considerando a proximidade espacial em que observações próximas espacialmente possuam valores mais semelhantes do que aquelas distantes. Diante disso, o presente estudo buscou avaliar a autocorrelação espacial e a distribuição espacial das cianobactérias em reservatórios tropicais. Amostramos as cianobactérias em trinta e dois reservatórios tropicais distribuídos em diferentes bacias hidrográficas do estado da Paraíba. A amostragem ocorreu em fevereiro de 2020 a dezembro de 2021, com frequência trimestral na subsuperfície da coluna de água em um único local, na barragem. Avaliamos a ACE através do Índice de Moran Global e os Indicadores Locais de Associação Espacial (LISA). Nossos resultados mostraram que dos 32 reservatórios que avaliamos, quatorze espécies de cianobactérias (14) foram consideradas frequentes, e dessas quatorze, quatro (5) apresentaram autocorrelação espacial positiva significativa. A biomassa de cianobactérias mostrou ACE positiva significativa (I = 0,164; p = 0,04) com padrão de distribuição espacial do tipo alto-alto e baixo-baixo, e cinco espécies apresentaram autocorrelação espacial em toda a área geográfica avaliada (estado da Paraíba, sendo elas: Merismopedia tenuissima, Planktothrix agardhii, Psedanabaena catenata ,Psedanabaena galeata e Romeria sp. Portanto, é importante a aplicação de ACE nesses ambientes, pois é uma forma de contribuir para entender problemáticas ambientais, permitindo analisar variáveis ecológicas e ambientais que explica a distribuição dessas florações no espaço geográfico