SENSIBILIDADE DAS VAZÕES À VARIABILIDADE DA PRECIPITAÇÃO NA AMÉRICA DO SUL

Código

XXV-SBRH0903

Autores

Arthur Kolling Neto, Rodrigo Cauduro Dias de Paiva, Walter Collischonn, Pedro Torres Miranda, Júlia Brusso Rossi, Wilany Rodrigues Galvão Alves, Ingrid Petry, Gabriel Matte Rios Fernandez, Hugo de Oliveira Fagundes, ALEXANDRE ABDALLA ARAUJO, SAULO AIRES DE SOUZA

Tema

22 - Mudanças Climáticas, Adaptabilidade e Impactos

Resumo

Compreender o impacto das mudanças climáticas nos recursos hídricos ainda é desafiador para gestão e planejamento. Entretanto, quantificar a sensibilidade da vazão à variabilidade da precipitação é uma alternativa promissora para identificação de regiões mais vulneráveis, principalmente aos eventos extremos hidrológicos. O objetivo deste estudo foi avaliar a sensibilidade das vazões mínima, média máxima às mudanças climáticas, considerando a variabilidade da magnitude e distribuição temporal da precipitação na América do Sul. Dados de precipitação foram obtidos do conjunto de dados MSWEP e as vazões foram simuladas no modelo hidrodinâmico-hidrológico MGB-SA, de 1979 a 2014. As análises de sensibilidade da vazão às mudanças de precipitação mostraram que a alteração no volume apresentou maior impacto que a mudança da distribuição temporal. A sensibilidade das vazões mínima, média e máxima à alteração do volume de precipitação é maior em regiões de clima semiárido. A sensibilidade da vazão mínima à variação sazonal precipitação é, predominantemente, maior para sua redução, enquanto para vazões média e máxima ocorreu seu aumento. A sensibilidade da vazão à mudança de distribuição temporal das chuvas diárias apresentou menor variação espacial e magnitude, para vazão mínima houve alta elasticidade em regiões de cabeceira dos rios e nas vazões média e máxima baixos valores nos grandes rios. As curvas de elasticidade da vazão avaliadas apresentaram formas distintas, e que por sua vez, podem facilitar o entendimento das respostas das bacias hidrográficas aos eventos extremos hidrológicos.