EFEITOS DOS FLUXOS DE DETRITOS SOBRE A CONECTIVIDADE ESTRUTURAL: UM ESTUDO DE CASO EM BACIAS DO SUL DO BRASIL E DOS ALPES ITALIANOS

Código

XXV-SBRH0858

Autores

Leonardo Rodolfo Paul, Gean Paulo Michel, Bruno Henrique Abatti, Marina Refatti Fagundes, Franciele Zanandrea

Tema

STE05 - Conectividade de Água e Sedimentos

Resumo

Os fluxos de detritos são um dos principais processos geofísicos que modificam a paisagem. Eles podem provocar mudanças abruptas na paisagem, tais como: erosão das margens e leito, deposições nas laterais do canal e formação de barragens. Apesar dos fluxos de detritos modificarem a paisagem, os processos que os governam são fortemente influenciados pela configuração geomorfológica, influenciando fatores como percurso e alcance. Uma forma de compreender a configuração espacial é por meio da conectividade estrutural de sedimentos. Entretanto, determinar como os fluxos de detritos podem modificar a conectividade estrutural é um desafio. Para abordar este desafio, fluxos de detritos foram simulados com um modelo baseado em processos (LISEM) na bacia do rio Stolla (província de Bolzano, Alpes italianos) e na bacia do rio Revólver (Santa Catarina, Brasil). Nas simulações, foram modificadas as intensidades das chuvas e o nível inicial de água na camada de sólidos para compreender como fatores funcionais influenciam no acoplamento entre encosta e canal. A conectividade foi avaliada com o Index of Connectivity (IC), considerando as mudanças topográficas causadas pelos fluxos de detritos simulados. Resultados preliminares mostram que o acoplamento encosta-canal na bacia do Revólver depende fortemente de valores altos de chuva, enquanto para a bacia do Stolla valores mais baixos são capazes de movimentar os detritos por maiores distâncias. Além disso, as mudanças na conectividade estrutural se mostraram sensíveis às forçantes chuva e nível inicial de água por conta da variação do local onde ocorre a formação de deposições, a qual criou desconexão a montante.