Operação de controle de cheia na bacia do rio São Francisco no período chuvoso 2021/2022: Parte 1

Código

XXV-SBRH0828

Autores

MARIA DE JESUS DELMIRO ROCHA, Pedro de Souza Garrido Neto, Carlo Lucca Coutinho Ungaretti Rossi, LUANA FERREIRA GOMES DE PAIVA, Eduardo Miranda Dutra, Simone Borim da Silva, Caroline de Sá Soares

Tema

STE04 - Cheias no Brasil: geração, previsão e impactos

Resumo

O rio São Francisco é extremamente relevante para a Região Nordeste brasileira pelos usos múltiplos que são feitos de suas águas, destacando-se o abastecimento humano, a irrigação, a atividade industrial e a geração de energia elétrica. Além disso, reservatórios localizados nessa bacia, mais especificamente os das Usinas Hidroelétricas (UHEs) de Três Marias, Queimado, Sobradinho e Luiz Gonzaga, podem ser operados de modo a permitir o controle de cheias nela. Essa operação permite que localidades situadas na bacia sejam protegidas. Neste artigo são apresentadas as condições hidrometeorológicas que foram verificadas na bacia do rio São Francisco no período úmido 2021/2022, sendo a primeira parte de um trabalho que relata a operação em controle de cheias realizada nessa bacia nesse período úmido. Ressalta-se a intensidade do evento, que no trecho de cabeceira da bacia, a montante da UHE Três Marias, registrou a terceira maior vazão média diária afluente (7.675 m³/s) do mês de janeiro de um histórico de 61 anos. No trecho médio da bacia, na estação fluviométrica Morpará, as vazões médias mensais observadas nos meses de janeiro e fevereiro de 2022 foram cerca de 50% superiores à média histórica. Conclui-se que o período úmido 2021/2022 apresentou chuvas acima da média na bacia, com maior volume concentrado no trecho de cabeceira, o que refletiu na ocorrência de uma das maiores vazões afluentes já observadas à UHE Três Marias e uma cheia de médio porte no trecho médio da bacia, na área incremental à UHE Sobradinho.