AVALIAÇÃO ECOTOXICOLÓGICA DA BACIA DO RIO DOCE APÓS O ROMPIMENTO DA BARRAGEM DE FUNDÃO

Código

XXV-SBRH0825

Autores

Sabrina Loise de Morais Calado, Tatiana Heid Furley Libardi da Penha, BRIGIDA MAIOLI, Bárbara Fernanda de Melo Jardim, Vinicius Nascimento Oliveira

Tema

27 - Qualidade da Água, Compostos Emergentes e Micropoluentes

Resumo

Em novembro de 2015, a bacia do rio Doce foi impactada por rejeitos de minério de ferro em resultado do rompimento da barragem de Fundão (Mariana ? MG). A pluma de rejeitos percorreu desde o município de Mariana-MG até Linhares-ES, causando alterações físicas e químicas nos corpos hídricos atingidos. Desta maneira, para compreender os potenciais efeitos do evento na bacia do rio Doce, o objetivo do estudo foi avaliar e comparar dados ecotoxicológicos de amostras água doce das áreas atingidas e não atingidas pelo rompimento da barragem dos anos de 2015, 2016, 2021, 2022 e 2023. Foram coletadas amostras de água doce superficial no período do estudo nas estações seca e chuvosa, e para a avaliação foram realizados ensaios ecotoxicológicos com duas espécies (Ceriodaphnia dubia, Daphnia similis). Os resultados mostraram baixa toxicidade aguda, sendo a maior proporção de resultados tóxicos para o ensaio crônico com o organismo Ceriodaphnia dubia. No geral, a toxicidade variou ao longo dos anos e entre as estações seca e chuvosa, não apresentando um padrão ou a redução gradativa da toxicidade. Porém, os valores de toxicidade nas áreas atingidas e não atingidas foram similares, sendo que para alguns anos e localidades as áreas atingidas apresentaram valores inferiores. Desta maneira, os resultados sugerem que a variação, ou mesmo o aumento de toxicidade observado em alguns anos do monitoramento não ocorreu exclusivamente nas áreas atingidas pelo rompimento podendo estar relacionado à diferentes atividades antrópicas da região.