XXV SBRH - Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos

Data: 19/11/2023 à 24/11/2023
Local: Centro de Convenções AM Malls - Sergipe
ISSN: 2318-0358
Mais informações: http://www.abrhidro.org.br/xxvsbrh

MUDANÇAS ANTRÓPICAS E SEUS IMPACTOS NAS VAZÕES MÍNIMAS: UM ESTUDO DE CASO PARA UMA SUB-BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO

Código

XXV-SBRH0821

Autores

Carlos Eduardo Sousa Lima, Sabrina da Silva Monteiro, Cleiton da Silva Silveira, Francisco das Chagas Vasconcelos Junior

Tema

16 - Hidroclimatologia, Segurança Hídrica, Risco, Escassez, Inundações e Desastres

Resumo

A crescente influência das atividades antrópicas no ciclo hidrológico das bacias hidrográficas tornou a disponibilidade hídrica função tanto de fatores naturais quanto antrópicos. No presente estudo, avaliou-se os impactos das modificações antrópicas na disponibilidade hídrica de uma sub-bacia da Bacia Hidrográfica do rio São Francisco (BHSF). Para este propósito, avaliou-se a evolução das vazões diárias mínimas anuais e das vazões mínimas de referência ao longo de subperíodos que englobavam condições pré- e pós-modificações antrópicas. As vazões mínimas de referências foram representadas pelas curvas de permanência, donde se obteve a Q95, e pela Q7,10, sendo determinadas para cada um dos subperíodos adotados. Os resultados apontaram para uma tendência de decrescimento das vazões diárias mínimas anuais entre 1961 e 2020, estando o comportamento decrescente da série contido majoritariamente nos subperíodos que representavam condições pós modificações. No tocante às vazões mínimas de referências, observou-se sucessivas reduções nos seus valores ao longo dos subperíodos associados às condições pós-modificação. Os comportamentos decrescentes supracitados foram invariáveis apesar das transições de fase de mecanismos de variabilidade climática de baixa frequência. Os resultados obtidos evidenciam uma redução da disponibilidade hídrica da bacia hidrográfica avaliada entre os anos de 1961 e 2020, principalmente nos períodos pós modificação antrópica. A invariabilidade do comportamento decrescente em relação as fases dos mecanismos de variabilidade de baixa frequência fortalecem a hipótese de que ele possui origem antrópica.

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