Data: 19/11/2023 à 24/11/2023
Local: Centro de Convenções AM Malls - Sergipe
ISSN: 2318-0358
Mais informações: http://www.abrhidro.org.br/xxvsbrh
QUANTIS DE CHEIAS NÃO-ESTACIONÁRIOS COM BASE EM ÍNDICES CLIMÁTICOS NA REGIÃO HIDROGRÁFICA DO URUGUAI
Código
XXV-SBRH0815
Autores
Luana Oliveira Sales, Dirceu Silveira Reis Junior
Tema
STE04 - Cheias no Brasil: geração, previsão e impactos
Resumo
Sales & Reis (2021) identificaram diversas estações em que os quantis das séries de vazões máximas anuais da Região Hidrográfica do Uruguai variavam no tempo. Este trabalho investiga se esse comportamento não-estacionário pode ser modelado com base em índices climáticos de larga escala. Para isso, foram analisados 4 modelos estatísticos baseados na distribuição Generalizadas de Valores Extremos (GEV), um estacionário e três não-estacionários baseados em covariáveis: tempo, ENOS e ODP. Com base no Critério de Informação Bayesiano (BIC) para uma análise local, complementada com o uso do False Discovery Rate (FDR) para controlar o erro Tipo I em análise regional, foi possível identificar para cada série analisada o modelo estatístico mais adequado. A proporção de séries não-estacionárias na análise regional (mais restritiva) foi de 21, 48 e 0% quando se utiliza o tempo, ENOS e ODP como covariáveis, respectivamente. Para o caso do ENOS (Niño3.4), dois modelos não-estacionários foram selecionados, um em que o parâmetro de locação varia linearmente com o Niño3.4, mas mantendo o coeficiente de variação (C_V) constante, e outro em que o C_V pode variar livremente. Nas séries com comportamento não-estacionário, os quantis de cheia de 50 anos, utilizado aqui para ilustrar a importância prática da análise não-estacionária, apresentaram uma variação relativa máxima ao longo da série entre 24 e 105%, dependendo da estação, o que mostra que os riscos de cheias podem variar de forma significativa ao longo dos anos.