Data: 19/11/2023 à 24/11/2023
Local: Centro de Convenções AM Malls - Sergipe
ISSN: 2318-0358
Mais informações: http://www.abrhidro.org.br/xxvsbrh
COMUNIDADES DE ALGAS E CARACTERÍSTICAS DAS ÁGUAS NO RIO MIRITI, BACIA DO BAIXO SOLIMÕES, ESTADO DO AMAZONAS
Código
XXV-SBRH0748
Autores
DOMITILA PASCOALOTO, Núbia Abrantes Gomes, Climéia Corrêa Soares
Tema
27 - Qualidade da Água, Compostos Emergentes e Micropoluentes
Resumo
O presente trabalho está relacionado a estudos desenvolvidos na bacia do rio Miriti por pesquisadoras do INPA entre 2014 e 2022. São apresentados resultados obtidos em três sítios amostrais na parte média dessa bacia hidrográfica. A comunidade fitoplanctônica esteve representada por 111 espécies, a maioria (64%) pertencentes a Chlorophyta, sendo Aulacoseira sp (Bacillariohyta) e Oscillatoria sp. (Cyanophyta) os táxons infragenéricos mais frequentes (presença nos sítios amostrais). Foram registradas 105 espécies no período de águas altas e 69 no de águas baixas, com predomínio de Chlorophyta, seguida por Bacillariophyta e Euglenophyta no período de águas altas e por Cyanophyta no período de águas baixas. Em ambos os períodos foi registrada apenas uma entidade ecológica de macroalgas (fase ?Chantransia? de Batrachospemum spp., Rhodophyta). O pH variou de ácido a alcalino, sendo que os valores mais elevados estiveram acompanhados por alta concentração de oxigênio dissolvido, indicando alta produtividade pelas algas e cianobactérias planctônicas. A alta produtividade primária somada à temperatura elevada da água e à maior representatividade de Cyanophyta no período de águas baixas, sugere que o local deva ser monitorado, uma vez que devido à presença de Microcystis sp. (gênero com espécies potencialmente tóxicas) nessa comunidade é importante prevenir uma possível que venha a ocorrer floração (?Bloom?) dessa espécie. Os resultados obtidos corroboram com outros estudos sobre a importância do uso de organismos aquáticos no monitoramento de recursos hídricos, pois algumas alterações na qualidade da água decorrentes de processos biológicos podem ser interpretadas como aumento na carga de efluentes em estudos hidroquímicos.