XXV SBRH - Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos

Data: 19/11/2023 à 24/11/2023
Local: Centro de Convenções AM Malls - Sergipe
ISSN: 2318-0358
Mais informações: http://www.abrhidro.org.br/xxvsbrh

Diferença entre métodos de cálculo global e modelagem 3D de evaporação de lagos e reservatórios

Código

XXV-SBRH0676

Autores

Betina Kleinschmidt Leal Santos, Erika Mariellen Ferreira, RAFAEL DE CARVALHO BUENO, Camila Bergmann Goulart, Cristovão Vicente Scapulatempo Fernandes, Tobias Bernward Bleninger

Tema

25 - Processos Hidrológicos

Resumo

A evaporação é parte crucial do ciclo hidrológico e representa uma perda efetiva da água de reservatórios para a atmosfera, o que torna a sua determinação indispensável para uma gestão eficiente dos recursos hídricos. Existem diferentes formas de estimar taxas de evaporação de lagos e reservatórios, por exemplo, através de modelos baseados no balanço hídrico, equações empíricas, equações aerodinâmicas, balanço de energia e experimentalmente (tanques classe A). Um método amplamente utilizado para estimar evaporação em lagos é o de Penman (1948), que combina balanços de massa e de energia, utilizando apenas dados meteorológicos como variáveis de entrada. Modelos hidrodinâmicos também podem ser utilizados para esta finalidade, onde dados meteorológicos e características hidrodinâmicas são considerados no balanço de calor do corpo d?água modelado. Este trabalho visa analisar as diferenças entre os valores calculados de evaporação a partir do método de Penman (1948) e do modelo hidrodinâmico Delft3D. Os resultados mostraram que os métodos apresentam alta correlação (0,9) no volume anual de água evaporada, mas baixa correlação na escala diária (0,1). Isso pôde ser explicado por divergências no cálculo do déficit de pressão, que, por sua vez, está relacionado à temperatura superficial da água, pois, enquanto o modelo de Penman utiliza uma aproximação para a temperatura da água, o modelo Delft3D incorpora a hidrodinâmica do sistema e o transporte de calor para modelá-la. Portanto, estudos que utilizam a equação de Penman ou simplificações para estimar a taxa de evaporação diária devem levar em conta essas variações observadas.

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