Comparação entre dados de precipitação de estimativas baseadas em satélites e monitorados por pluviômetros para diferentes regiões climáticas brasileiras

Código

XXV-SBRH0607

Autores

Liriane Élen Bock, Angélica Guimarães da Silva, Néverton Scariot, Vitória Tesser Martin, Fabiana Campos Pimentel, Rutinéia Tassi, Daniel Gustavo Allasia Piccilli

Tema

12 - Geotecnologias (Sensoreamento remoto e Geoprocessamento) Aplicada aos Recursos Hídricos

Resumo

A medição precisa da precipitação é essencial para a gestão dos recursos hídricos. Estimativas de precipitação por satélite (SPE) podem ser utilizadas quando há escassez de dados de pluviômetros. Porém, essas estimativas podem conter vieses e erros. Neste estudo foi avaliada a qualidade dos estimadores de precipitação IMERG, GSMaP, MSWEP, CHIRPS e TRMM, comparando-os com dados pluviométricos de 5 capitais brasileiras localizadas em diferentes regiões e características climáticas (Porto Alegre, Goiânia, São Paulo, João Pessoa e Manaus). Métricas de desempenho como o R², RMSE, PBIAS e NSE foram usadas para avaliar a qualidade das SPE em relação aos dados de referência em diferentes escalas temporais (diária, mensal e anual). Em geral, em todas as escalas temporais analisadas, as SPE do CHIRPS e MSWEP apresentaram melhor qualidade, com melhores indicadores de desempenho. O IMERG superestimou a precipitação em todas as capitais, com superestimação de até 193% para Manaus na escala diária, à exceção de João Pessoa. O TRMM subestimou a precipitação em todas as capitais, com máxima de 79% para João Pessoa na escala anual. GSMaP também produziu subestimava em todas as capitais, com máximas para João Pessoa de até 72% na escala anual, à exceção de Porto Alegre. A correção de viés das SPE é fundamental para aprimorar a qualidade das informações. Utilizar SPE sem correções pode resultar em dimensionamentos imprecisos de obras hidráulicas, por exemplo. Felizmente, atualmente existem várias plataformas que oferecem acesso fácil a dados de SPE já corrigidos.