Mapeando inundações na Amazônia e suas tendências

Código

XXV-SBRH0553

Autores

Ayan Santos Fleischmann, Fabrice Papa, Alice César Fassoni de Andrade, Stephen K. Hamilton, Sly Wongchuig Correa, Rodrigo Cauduro Dias de Paiva, Etienne Fluet-Chouinard, John Melack, JHAN CARLO ESPINOZA, Walter Collischonn

Tema

STE26 - Sensoriamento remoto da água: avanços técnicos-científicos e aplicações na nova era de disponibilidade de informação

Resumo

As áreas úmidas da Amazônia cobrem centenas de milhares de quilômetros quadros, e abrigam uma sociobiodiversidade única, além de terem papel importante no clima e ciclo do carbono global. Nas últimas décadas, mudanças ambientais têm levado a um aumento expressivo na frequência de cheias extremas ao longo do Rio Amazonas e suas planícies de inundação, o que reforça a necessidade de se melhor compreender estas áreas. Novas técnicas de mapeamento de extensão de áreas inundáveis, em especial com o uso de ferramentas como sensoriamento remoto e modelagem hidrológica e hidrodinâmica, têm permitido um grande avanço na compreensão dos complexos sistemas fluviais amazônicos e suas áreas úmidas. O presente trabalho apresenta uma série de avaliações, em múltiplas escalas espaciais e temporais, visando a melhor caracterizar os padrões e tendências de inundações ocorridas na região a partir de dados satelitais. A partir da comparação de 29 conjuntos de dados de inundação para a Bacia Amazônica, encontrou-se uma grande variação nas estimativas de inundação entre os produtos, sendo que 31% da bacia é estimada como sujeita a inundação por pelo menos uma base de dados. A área máxima de inundação de longo prazo é estimada em 599,700 ± 81,800 km² se considerarmos os três conjuntos de dados baseados em Radar de Abertura Sintética. Mostrou-se também um aumento de 26% na inundação máxima anual ao longo do Rio Amazonas desde 1980. Por fim, os dados analisados estão apresentados de forma fácil e intuitiva em um aplicativo WebGIS (https:///amazon-inundation.herokuapp.com/).