Data: 19/11/2023 à 24/11/2023
Local: Centro de Convenções AM Malls - Sergipe
ISSN: 2318-0358
Mais informações: http://www.abrhidro.org.br/xxvsbrh
METODOLOGIA PARA AVALIAÇÃO DAS TRANSIÇÕES DOS ESTADOS DE SECA EM BACIAS HIDROGRÁFICAS ANTROPIZADAS: UM ESTUDO DE CASO PARA UMA SUB-BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO
Código
XXV-SBRH0403
Autores
Carlos Eduardo Sousa Lima, Marx Vinicius Maciel da Silva, Cleiton da Silva Silveira
Tema
16 - Hidroclimatologia, Segurança Hídrica, Risco, Escassez, Inundações e Desastres
Resumo
No antropoceno, as atividades antrópicas passaram a exercer grande influências nos ciclos naturais do planeta. Em relação as secas, as atividades antrópicas passaram a ser uma componente cada vez mais representativa nos processos de geração e de desenvolvimento desse fenômeno. Nesse contexto, metodologias capazes de identificar sinais de impactos antrópicos nos processos supracitadas se tornam de suma importância para uma gestão de secas eficiente. No presente estudo, buscou-se avaliar as mudanças nos padrões de transição entre as classes de secas meteorológicas e hidrológicas e na probabilidade de ocorrência dessas classes de seca para uma sub bacia da Bacia Hidrográfica do rio São Francisco (BHSF), mais precisamente no Oeste da Bahia, para dois períodos de referências: P1, de 1935 até 1984, e P2, de 1985 até 2020. Adotou-se os índices de seca Standard Precipitation Index (SPI) e Standard Runoff Index (SRI) para caracterização das secas meteorológicas e hidrológicas, respectivamente. A análise da transição entre as classes de seca e suas probabilidades de ocorrência foi realizada com a utilização de Cadeias de Markov, considerando as séries de SPI e SRI nos períodos P1 e P2. Os resultados apontaram para uma maior probabilidade de ocorrência de secas hidrológicas e meteorológicas classificadas como Severas ou Extremas no período P2, com maior probabilidade de persistência desse estado nas secas hidrológicas. As secas meteorológicas, por sua vez, não apresentaram possibilidade de persistência desse estado, sugerindo que a persistência observada nas secas hidrológicas pode estar associada a mecanismos para além da precipitação.