AVALIAÇÃO DA MATÉRIA ORGÂNICA PRESENTE NO RIO IGUAÇU: UMA ANÁLISE CRÍTICA

Código

XXV-SBRH0401

Autores

Cristovão Vicente Scapulatempo Fernandes, Victória Regina Celso Monteiro

Tema

27 - Qualidade da Água, Compostos Emergentes e Micropoluentes

Resumo

A demanda bioquímica (DBO) e a demanda química (DQO) de oxigênio são muito utilizadas para a análise da matéria orgânica (MO) em corpos hídricos, porém, ambas apresentam limitações. O carbono orgânico dissolvido (COD) e a espectroscopia de fluorescência são alternativas que fornecem informações mais aprofundadas das características da MO. Este estudo teve como objetivo avaliar de diferentes maneiras a presença da MO em pontos específicos do rio Iguaçu, investigar o coeficiente de desoxigenação e analisar criticamente os resultados obtidos por meio das técnicas empregadas. Amostras foram coletadas em diferentes pontos no rio Iguaçu, denominados IG2, IG3, IG4, IG5, IG6 e IG7, e analisadas para DQO, DBO, COD e fluorescência. Foram avaliados também o decaimento da DQO e a cinética de desoxigenação. O decaimento da DQO no ponto IG2 mostrou-se útil para a determinação da MO remanescente de amostras. O coeficiente de desoxigenação obtido foi 0,58 d-1, valor que indica contaminação com MO lábil, o que foi corroborado pela elevada intensidade de fluorescência observada nos picos T1 e T2. Nos outros trechos do rio Iguaçu, as concentrações de DBO, DQO e COD oscilaram, porém os pontos IG2 e IG5 apresentaram pior qualidade da água e o decaimento da MO foi melhor representado pelos dados do COD. A espectroscopia de fluorescência associada ao decaimento do COD indicou a ocorrência de transformações dos compostos durante o período. Portanto, conclui-se que a análise integrada da MO se faz cada vez mais necessária para o entendimento dos processos que ocorrem no corpo hídrico.