INTERPRETAÇÃO HIDROGEOLÓGICA DAS BACIAS ESCRIVÂNIA-GORDURA E PALMEIRA-JAGUARA, NA APA CARSTE DE LAGOA SANTA, MG

Código

XXV-SBRH0329

Autores

Gabriela Teixeira, Rodrigo Sérgio de Paula, Leila Nunes Menegasse Velásquez, Alex Rodrigues de Freitas

Tema

STE15 - Hidrologia Subterrânea: Modelagem, Monitoramento, Contaminação, Remediação e Avaliação de Risco (Groundwater Hydrology: Modeling, Monitoring, Contamination, Remediation and Risk Analysis)

Resumo

A APA Carste de Lagoa Santa é reconhecida pelo seu rico acervo paisagístico, arqueológico e paleontológico. Foi palco de grandes descobertas científicas, como a do fóssil humano mais antigo da América Latina. Destaca-se também suas características geológicas e hidrogeológicoas, já que abriga importantes aquíferos cársticos e cárstico-fissurais responsáveis pelo abastecimento urbano e industrial. Está localizada a cerca de 80 km a norte de Belo Horizonte, Minas Gerais. Geologicamente, situa-se no cenário das rochas carbonáticas e siliciclásticas da bacia do Bambuí. Neste contexto, duas bacias hidrogeológicas se destacam na área pelas suas características típicas do carste evoluído: a bacia Escrivânia-Gordura e Palmeira-Jaguara. A fim de avançar os estudos do comportamento geral dessas bacias e das relações entre as águas superficiais e subterrâneas, foi realizado o monitoramento das descargas durante quatro anos hidrológicos, entre 2016 a 2021. A partir disso, foram geradas as curvas chaves das bacias, correlacionando os dados de leitura de régua com as vazões, e gerados hidrogramas com os dados de nível d?água obtidos automaticamente por transdutores de pressão. Através da validação das curvas chaves e dos dados de monitoramento, seus hidrogramas foram gerados, e, com base neles, constatou-se que as bacias respondem rapidamente aos eventos pluviométricos, com elevação simultânea de suas vazões. As duas bacias apresentaram ter alta produtividade e são altamente carstificadas, sendo que possivelmente a bacia do Escrivânia-Gordura possui contribuições alóctones.