Data: 06/03/2023 à 09/03/2023
Local: Niterói-RJ
ISSN: 2764-9040
Mais informações: https://www.abrhidro.org.br/iiiend
Falta de sensibilidade a extremos na modelagem hidrológica
Código
III-END0127
Autores
Pedro Torres Miranda, Rodrigo Cauduro Dias de Paiva, Walter Collischonn, Hugo de Oliveira Fagundes, Larissa de Castro Ribeiro, Júlia Brusso Rossi, Arthur Kolling Neto, Gabriel Matte Rios Fernandez
Tema
03. Mudanças Climáticas e Desastres
Resumo
A ocorrência de secas e cheias vem expondo erros na estimativa de vazões extremas por modelos hidrológicos. Superestimativas (subestimativas) de vazão em períodos secos (úmidos) indicam uma falta de sensibilidade da simulação em relação à representação de valores extremos. Isso motivou a avaliação do modelo hidrológico-hidrodinâmico MGB-SA sob esse aspecto. Sua performance foi avaliada em termos de variabilidade interanual e amplitude de vazões entre períodos secos e úmidos. Os resultados mostram uma ampla subestimativa da amplitude de vazões entre períodos secos e úmidos em relação às observações e uma má representação da variabilidade interanual de vazões, principalmente para valores mais baixos (e.g. Q95). Essa performance de modelos hidrológicos prejudica a avaliação de eventos extremos, principalmente sob a perspectiva de mudanças climáticas. Estudos de impacto de mudanças climáticas sobre eventos extremos requerem uma representação adequada da sensibilidade da vazão à precipitação e à evapotranspiração. Por isso, é importante documentar limitações de modelos hidrológicos sob esse aspecto, tendo em vista melhorar a estrutura dessas ferramentas e/ou aplicar um fator de correção sobre seus resultados. Dessa forma, pode-se avaliar mudanças nos eventos extremos de forma mais adequada.