ESCORREGAMENTOS E INUNDAÇÃO BRUSCA NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ROLANTE/RS NO ANO DE 2017

Código

III-END0068

Autores

Mel Oliveira Guirro, ANNE BIEHL, Leonardo Rodolfo Paul, Clarissa Guerra Salvador, Franciele Zanandrea, Gean Paulo Michel, Bruno Henrique Abatti, Heron Schwarz, Rodrigo Biz Willig, Masato Kobiyama

Tema

17. Registro e inventário de Desastres

Resumo

Bacias hidrográficas montanhosas de cabeceira frequentemente respondem a chuvas intensas com processos extremos, gerando inundações bruscas e movimentos de massa. Esses fenômenos podem ocorrer simultaneamente, transportando água, solo, rochas, vegetação e outros materiais das encostas para os rios. A interação desses processos extremos e simultâneos é complexa e ainda de difícil monitoramento e prevenção, o que pode gerar desastres severos. O município de Rolante, localizado em uma sub-bacia hidrográfica de 711 km² do rio dos Sinos no Rio Grande do Sul, sofreu com uma combinação desses fenômenos extremos e simultâneos em janeiro de 2017. A população da área urbana, já na área plana a jusante, foi atingida por uma inundação brusca por volta da meia noite, sem ter presenciado uma chuva extrema no local. O Corpo de Bombeiros Voluntários de Rolante agiu rapidamente alertando e evacuando a população, o que contribuiu para que não houvesse óbitos devido à inundação brusca. O desastre natural ocorrido em 2017 foi majoritariamente causado por um evento hidrossedimentológico na sub-bacia do rio Mascarada. O objetivo deste trabalho é apresentar a complexidade do desastre, discutindo os fenômenos naturais e socioeconômicos que ocorreram no evento de chuva e inundação extrema de janeiro de 2017 em Rolante. O episódio evidencia a importância de avaliar desastres a nível de bacia hidrográfica, abrangendo toda a sua área de influência, com gestão integrada. Entre as ações de resposta realizadas estão investimentos voltados à melhoria do sistema de gestão de desastres local e o reforço dos sistemas de monitoramento.