Data: 06/03/2023 à 09/03/2023
Local: Niterói-RJ
ISSN: 2764-9040
Mais informações: https://www.abrhidro.org.br/iiiend
ENTREVISTA COMO FERRAMENTA NA ANÁLISE DE EVENTOS EXTREMOS: I - A PERCEPÇÃO DO PERIGO EM COMUNIDADES RURAIS
Código
III-END0025
Autores
ITZAYANA GONZÁLEZ AVILA, Michele Moraes Carvalho, Masato Kobiyama, DANIEL JATO ESPINO
Tema
07. Percepção de Risco de Desastres
Resumo
A percepção de cada pessoa sobre os perigos naturais como inundações, enchentes, deslizamentos e vendavais depende, em grande medida, das experiências vivenciadas por ela. A memória desenvolvida em comunidade e em indivíduo, também, é um fator relevante no desenvolvimento da percepção. Como parte da avaliação de risco à eventos extremos, a percepção do perigo pode determinar a diferença entre comunidades menos ou mais vulneráveis. No Brasil, a informação relacionada a eventos extremos, em comunidades rurais, pode não ser suficiente por causa da baixa qualidade e/ou quantidade de dados. Assim, o trabalho com a comunidade deve ser desenvolvido com o intuito de resgatar aquela informação que se encontra fora dos registros do governo. No transcurso de 2022, foram realizadas entrevistas a duas comunidades rurais: Quilombo São Roque (QSR) e Mãe dos Homens (MH). As perguntas realizadas foram relacionadas a informações sobre a percepção do perigo e memória de desastres naturais. Foram analisadas 28 casas entrevistadas, e 72 moradores quantificados. Se identifica que em MH, há um maior número de pessoas idosas comparado com o QSR. A informação extraída mediante entrevistas representa a percepção dos entrevistados frente aos perigos, permitindo identificar pontos vulneráveis das comunidades relacionados à gestão de desastres. A percepção do risco está associada, fortemente, à memória individual e coletiva. Assim, a comunicação oral é importante para reduzir a vulnerabilidade, frente a eventos extremos.