III Encontro Nacional de Desastres (ISSN 2764-9040) 1 Anomalias de vazão na Bacia do Rio Tiete em 1931 a 2020 comparadas à Oscilação Decadal do Pacífico

Código

III-END0023

Autores

Walter de Meira Lima Paiva, Lucio de Souza

Tema

03. Mudanças Climáticas e Desastres

Resumo

Este trabalho aborda a variabilidade de chuva e vazão natural afluente à usina hidrelétrica (UHE) de Três Irmãos na Bacia do Rio Tiete, como muitas outras Bacias do Centro e Sul do Brasil apresenta correlações com índices que representam interações oceano-atmosfera, principalmente na região do Pacífico. Primeiramente é apresentado o padrão de variabilidade de chuva, vazão e o índice de oscilação sul NINO 34 onde observa-se uma quebra de estacionaridade na década de 1970 semelhante as apontadas na literatura para sub-bacias do rio Paraná por Muller (1998) e Tucci (2015). O recurso utilizado para mostrar o comportamento das anomalias no tempo é o diagrama de rippl, aqui chamado de gráfico de acumulado de anomalias. Os resultados mostram que há uma variabilidade de chuva e vazão na bacia de estudo com alternância decenal com predominância de anomalias positivas alternadas com anomalias negativas de modo análoga ao comportamento da Oscilação Decadal do Pacífico (PDO). Nas fases frias da PDO há predominância de eventos La Ninha e extremos de escassez hídrica são mais intensos em algumas bacias do centro-sul-sudeste do país enquanto eventos El Ninho predominam em sua fase quente e anomalias positivas de chuva podem causar desastres. O que é mostrado é que o ponto de quebra de estacionaridade da série de vazão coincide com a mudança de fase quente para fria da PDO em 1975, mas o período inicial (1931 a 1943) e final (1997 a 2020) desta primeira não parece acompanhar as outras possíveis mudanças de fase relacionadas.