Diretrizes Internacionais e Estado da Arte para Análise de Perda de Vida em Eventos de Ruptura Hipotética de Barragens

Código

III-END0014

Autores

Tiago Zanon da Silva, Roberto Fabris Goerl

Tema

11. Inundações graduais e bruscas

Resumo

A variável de perdas de vida tem sido objeto da maioria dos estudos de impactos de rompimentos, existindo diversos métodos de cálculo disponíveis. O trabalho objetivou apresentar, por meio de uma revisão de literatura: (i) as principais diretrizes metodológicas existentes de agências de referência para análise de perda de vida; e (ii) as abordagens metodológicas adotadas por diferentes países. Os resultados demonstraram três principais tendências de diretrizes para condução de análise de perda de vida: orientação crescente e proporcional do nível de risco do barramento com a complexidade metodológica necessária a ser adotada; otimização do tempo e do uso das ferramentas disponíveis, postulando que barragens de médio e baixo risco possam trabalhar com informações de menor precisão; e recomendação, para barragens de alto risco, da condução primária de metodologias mais simplificadas, permitindo que ao longo do processo encontre-se o grau de complexidade metodólogo adequado para a classificação do risco da estrutura. Em relação ao estado da arte das metodologias adotadas para análise de perda de vida em diferentes países, observam-se diretrizes heterogêneas, com variados níveis de detalhamento. Países com intermediária maturidade em analises de risco de desastres apresentam tendências mais consolidadas de aplicação de metodologias empíricas. Países com maior maturidade, por outro lado, tendem a empregar um conjunto de ferramentas analíticas, prevendo a escalabilidade da complexidade de avaliação conforme o grau de risco e o potencial de perdas associados. Em países sem diretrizes claramente estabelecidas sobre o tema, ações expeditas são comumente adotadas, à medida em que surgem demandas especificas.